segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Aos desiludidos do amor, com carinho - Xico Sá


“Alta fidelidade”: até furar o vinil da dor amorosa
E o mundo não se acabou. A não ser debaixo de alguns tetos. Então seguimos com a nossa retrospectiva caliente de 2012.
Hoje me dirijo exclusivamente aos que andam meio ressabiados, cínicos ou descrentes.
Triste de quem fica desiludido(a) e evita outro amor de novo, cai no conto, blasfema, diz “tô fora”, já era, tira onda, ri de quem ama, pragueja e nunca mais se encontra dentro das próprias vestes.
Como se o amor fosse uma bodega de lucros, um comércio, como se dele fosse possível sair vivo, como nunca tivesse ouvido aquela parada de Camões, a do fogo que arde e não se sente, a da ferida, aquela sabedoria do soneto musicado pelo menino Renato Russo.
Triste de quem nem sabe se vingar do baque, sequer cantarola, no banheiro ou no botequim, “só vingança, vingança, vingança!”, o clássico de Lupícinio Rodrigues, o inventor da dor-de-cotovelo, a esquina dos ossos úmero com os ossos ulna (antigo cúbito) e rádio, claro, lição da anatomia e da espera no balcão da existência.
Tudo bem não querer repetir, com a mesma maldita e peçonheta criatura,os mesmos erros, discussões, barracos e infernos avulsos e particularíssimos.
(Falar nisso, nunca mais ouvi o velho e bom “eles renovaram o namoro”. Coisa linda, linda, linda, o mais comum era dizer apenas “eles renovaram”. Prestou atenção na força das palavras?)
Não estamos tratando desse tema. O caso aqui é de quem se desilude ao infinitum. Triste de quem encerra o afeto de vez, como se aquela mulher e/ou aquele homem “x” fossem fumar o king size, duvidoso e sem filtro, lá fora, e representassem o último dos humanos.
Chega do clichê e do chavão de que todos os homens ou mulheres são iguais. São, mas não são, senhoras e senhores. Cada vez que uma folha se mexe no universo a vida é diferente. Todos os machos e todas as fêmeas são novidades. Podem até ser piores, uns mais do que os outros, porém dependem de vários fatores.
Não adianta chamar o garçom do amor e passar a régua para sempre por causa de apenas um(a) sujeito(a) – como se representassem a parte pelo todo da panelinha do mundo. O que não vale mesmo é eliminar o amor como proposta mínima na plataforma política de estar vivo.
Já pensou quantos amores possíveis, como diria Calvino, você estaria dispensando por essa causa errada? E quem disse que amor é para dar certo?
Amor é uma viagem. De ácido.
Amar é… dar ou levar pé-na-bunda. Depois, como se diz, a fila anda, mesmo que mais demorada que a do velho INPS ou do que a dos ingressos para a final do campeonato.
E tem mais: a única vacina para um amor perdido é um novo amor achado. Vai nessa, aconselho! Só cura mesmo com outro.
Sim, o amor acaba, se não você não entendeu ainda… Corra a ler o gênio mineiro Paulo Mendes Campos: em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Vamos esquecer a ilusão católica do até que a morte separe os pombinhos e viver lindamente o amor e o seu calendário próprio. Muitas vezes, não temos o amor da vida, mas temos um belo amor da quinzena, que, de tão intenso e quente, logo derrete. Foi bonito.
Vale tudo, só não vale o fastio e a descrença.

The last goodbye

Enfim chegamos ao último dia do ano.
Não foi o ano que esperava no post Deixa Estar: 2012 mas não fiquei louco e conheci bons amigos e sim tive boas experiências.
Perdi o amor dela.
Não revelei si quer tentei me apaixonar novamente.
Me disciplinei cheguei a ficar o dia inteiro na rua  para estudar 8 horas por dia.
Perdi o meu trauma de sair de casa.
Bebi com gente estranhas em festas esquisitas como diria o Renato Russo naquela canção que não me recordo o nome, 2012 foi bom. 
No fim conheci Cecilia uma jovem estranha morena bonita com olhos de mel.
Ela é misteriosa confusa porém muito engraçada.
Ela tem um jeito que me encanta.
Ela veio como uma boa promessa de que 2013 possa ser um ano belo e feliz.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A má distribuição de renda cria civilizações zumbis

Cansaço físico e mental estou sobrecarregado e isso mata a criatividade.
Exercícios que nunca mais usarei.
Pessoas que nunca mais verei.
Talentos desperdiçados.
Vidas em vão estuda-si muito para ganhar pouco qual é o sonho que si encaixa em um salário minimo.

Compactar-se

Passei e me compactar em tudo.
Faço o minimo possível não me preocupo mas, não me estreso mas, nada almejo.
Faço tudo da forma mais simples e direta sem rodeios, sem premissas, sem promessas.

sleep

De qualquer jeito decidir dormi e isso vem si repetindo todas as noites.
Acordo as pressas para ir pra escola e fico lá durante 8 horas dormindo e fingindo interesse por aquelas idiotices.
Volto pra casa vejo seriados para distrair minha mente cansada e durmo, durmo e isso vem si sucedendo de uma  forma desesperadora.
Sim existem vidas desperdiçadas.

Não mas

O tempo passa, a mente si acalma e o coração não si enlouquece mas.

Constatação

Por mas que agente pense que existam vários caminhos não existem,vivemos a nós adaptar nas opções que eles dizem ser as certas. 
Estamos tão fudidos que escolhemos o caminho mas "fácil" e  por fim fracassamos nele também.

E a vida segue.

Um sorriso.
Ilusões.
Sonhos de uma criança.
Ouço o ronco casando dos meus pais.
Todos os dias antes de dormi vejo os dois cansados dormindo abraçados.
Tenho muitas magoas e sonhos não realistas.
Tenho tanta cede de vingança.
Busco a paz da infância não tão bela que tive um dia mas era paz.
Pessoas nascem e morrem na breve rotação da esfera que chamamos de terra.
Poucos são felizes.

sábado, 17 de novembro de 2012

"Aquele garoto que ia mudar o mundo, mudar o mundo"

Realizar sonhos si tornou algo incomum. 
Reivindicar uma politica justa e seus direitos também. 
Na verdade todos querem. 
A verdade é que estamos muito cansados para correr atrás. 
Queria ser especial viajar pelo mundo, escrever vários livros, roteiros ser alguém reconhecido. 
Hoje estou aqui atrás de um filme que não exija muito raciocínio e me traga gargalhadas fáceis. 
Tenho bons livros, mas ultimamente tenho preferido á tão poética pornografia. 
Sou mas um, apenas mas um cansado  que ouvi as mesmas músicas, que vê filmes triviais e si contenta com estranhas na webcam. 
O mundo não é tão cruel como si diz, infelizmente isso faz com que agente si acomode e viva num  conformismo sem fim. 
O menino idealista e sonhador si foi com o primeiro trago de realidade. 
O garoto que iria ser foda e ser alguém de referência si acomodou na vida pacata da classe média. 
Me sinto tão burguês.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pink Floyd The Final Cut

O Corte Final

Através da lente olho-de-peixe de olhos manchados de lágrimas
Mal consigo definir o formato deste momento no tempo
E bem longe de estar voando alto em claros céus azuis
Estou caindo em espiral para o buraco no chão onde me escondo

Se você negociar o campo minado junto à alameda
E vencer os cães e tapear os frios olhos eletrônicos
E se você conseguir passar pelas espingardas no saguão
Disque a combinação, abra o esconderijo
E se eu estiver lá dentro, te direi o que está atrás da parede

Há um garoto que teve uma grande alucinação
Fazendo amor com mulheres em revistas
Ele se pergunta se você está dormindo com sua fé recém-encontrada
Será que alguém poderia amá-lo
Ou é apenas um sonho louco?

E se eu te mostrasse meu lado escuro
Você ainda desejaria me abraçar esta noite?
E se eu abrisse meu coração para você
E te mostrasse meu lado fraco
O que você faria?
Venderia sua reportagem para a Rolling Stone?
Levaria as crianças embora
E me deixaria sozinho
E sorriria tranquilamente
Enquanto sussurra ao telefone?
Você me enxotaria?
Ou me levaria para casa?

Pensei que devesse revelar meus pensamentos
Pensei que devesse rasgar a cortina até arrancá-la
Segurei a lâmina com as mãos trêmulas
Preparando para acertar, mas aí então o telefone tocou
Nunca tive coragem de fazer o corte final
Olá? Ouça, eu acho que peguei. Ok, ouça, é um HaHa. 
Composição: Roger Waters

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Enfim o suicídio.

Os velhos fantasmas com suas lembranças e dores.
Os velhos fantasmas com suas cruzes e julgamentos.
Uma mente cansada e angustiada atormentada e acefalica.
Uma garota e suas palavras diretas sinceras, verdades e duras.
O som que alivia a dor.
O choro solitário e mudo.
A pena de si mesmo.
A falta de lábia.
Uma voz gaga.
Um quarto escuro.
Uma carta suicida deixada em cima da mesa.
Pílulas na mão direita.
Enfim o suicídio.
Acaba se a dor acaba o sofrimento sem glórias.
Ele não será memorável foi só mais um garoto frustrado que si suicidou aos 17.
Muitos dirão era um anticristo tinha que morrer mesmo, outros dirão era um egoísta nem si preocupou com a família.
A maioria dirá foi falta de amor, ele sempre foi estranho meio frustrado com vida.
Ele terá um enterro com todas as honras.
Alguns choros muitos colegas de escola.
Quase nenhum amigo e será enterrado ao lado da sua irmã.
Uma chuva cairá os dias vão passar e sua história ira morrer.

Ela me diz

“Cara, toda vez que você entra você me fala de uma menina diferente e o fato de você vir me contar já apontando esse detalhe revela um misto de piedade e um pouco de necessidade extrema de ter alguém que possa despejar toda sua carência e tal.”

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ideal de paraíso

O ideal de paraíso é uma clinica psiquiatra lá nenhum taxado de louco trabalha.
Tudo é tão calmo e feliz, é tudo muito ilusório como uma falsa promessa.Todos vestidos de branco como os tais anjos e santos caminhando pelos grandes jardins floridos.
Eles ti passam à ilusão de paz, de amor, de uma vida indolor.
Você vive um sonho sim um sonho a base de pilulas de rivotril.




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Em tempos

Em tempos de desespero e destruição não há lugar para democracia.
Os lideres naturais e grandes guerreiros tomam o poder.
Não há lugar para qualquer devaneio ou intelectualidade que não seja para sobrevivência.
Em tempos de devastação não há lugar para fracos e a maior inteligência é a força bruta.
Em tempos de desespero e destruição o ser humano volta a ser um animal e alcança algum sentido realmente relevante para a vida.

Momento de paz

Ouvindo suas velhas canções do tempo em que era criança, Hank da um sorriso desbotado.
Ele tem a nostalgia ao seu lado e sente sua alma mais leve.
Em tempos difíceis ele tem um momento de paz, ele sorri e suas feridas começam a cicatrizar.