domingo, 18 de dezembro de 2011

Eduardo aos trinta e três

Eduardo estava sentado na praça com uma garrafa de uma bebida qualquer a chorar pela beleza de viver.
Os pássaros cantavam e ele embasbacado com tanta beleza lembra-se do primeiro amor, do primeiro beijo do frio na barriga após entregar sua cartinha à garota dos seus sonhos.
Lá parado ele vê crianças brincando, e vê a felicidade que um dia tivera mais que com a idade e o seu orgulho deixo escapar, lembra-se dos sonhos que tinha queria ser jogador de futebol, astronauta medico, escritor ou cantor.
Eduardo escreve no seu velho caderno já rasgado e manchado ele recorda do velho sonho de si torna um grande escritor.
De repente uma criança linda que mal sabia andar, acaricia o rosto de Eduardo em prantos de lágrimas com sua mão frágil, carinhosa e o conforta com um belo sorriso.
 E no seu rosto de mendigo todo sujo, ela não tem medo ou nojo lhe da um beijo e um sorriso a mãe de tal criança ao ver de longe sai correndo para tirar sua filha do possível maníaco ao chegar perto vê o mendigo Eduardo o seu amor de infância.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Morrer com o ser amado – Nelson Rodrigues


Um dia saiu nos jornais um episódio que assombrou a cidade. Imaginem dois namorados, ele dezessete, ela dezesseis anos. As duas famílias faziam gosto. Ao cair da tarde, passeavam na calçada de mãos dadas. Iam ficar noivos e, de quinze em quinze minutos, um gostava mais do outro. Até que um dia saíram para visitar uma tia. E lá não chegaram. No dia seguinte, encontraram os dois, perto de Cascatinha, e mortos. Ao lado, um vidro de um desinfetante então muito usado – Lysol. Um bilhete assinado pelos dois, dizendo: – “Morremos felizes”. Só. Foi então que eu, ferido de espanto, descobri: – quem nunca desejou morrer com o ser amado, não conhece o amor, não sabe o que é amar.
(Nelson Falcão Rodrigues, 1912-1980. Extraído da crônica “Morrer com o ser amado”, de 8/1/1968. In: Nelson Rodrigues; O melhor do Romance, Contos e Crônicas. Seleção e apresentação de Ruy Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 73)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kurt Donald Cobain

"Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente
amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal". 
- Kurt Donald Cobain

About A Girl


Você foi minha menina nas noites frias, nas madrugadas de punhetas perdidas.
Tão fria e cruel tão bela e carinhosa.

Não consegui entrar no seu mundo desvendar  teus segredos, suas fantasias e perversões por mais sujas ou cruéis que fossem eu queria saber.

Vejo você sumindo como a fumaça do cigarro que você fuma exageradamente para aliviar a dor de viver.

Queria poder ter ti amado poder quebra a pedra que a na frente do seu coração, queria ver um só sorriso  feliz não os falsos que me dava.

Quero  você não sei bem nem o por que gosto da sua dor, gosto de sofrer sonhei por noites  que você seria minha mulher a mãe da nossa filha adoradora  do satã.

Por um instante eu encontrei a minha paz interior.