sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"Você abusou Tirou partido de mim, abusou"

Você volta me puni, me fode não me encara muda de assunto.
Eu me achava criança imaturo mais sempre fui disposto a ouvir suas sinceras palavras mesmo que doessem como doeu ao ler o "indiferente" messes atrás.
Cresci estou forte, seguro, maduro e não preciso de ninguém que me foda novamente por que no fim foi isso dois tentando recuperar o que já não existia, e eu como bobo me fodendo enquanto você trepava com outros paus.
Não guardo nenhum rancor não sou  medíocre queria ti aconselhar, mas você não me encara.
A vida faz com que a gente fique frio um com o outro, não queria mais sim você cresce iludido com histórias de felicidade que existem para poucos para os aléns como em um poema do velho buk.
Quando acordamos para a realidade estamos atrás de um emprego que nos garanta alguma alimentação moveis fudidos e sonhos pequenos.
Ti amei, só eu amei sempre foi assim e será um ama e o outro si apodera disso.

sábado, 15 de setembro de 2012

O amor e o transtorno do diagnóstico - Xico Sá



A galega do filme “Barbarella” lembra a moça deste conto-crônica
"Ela me conta, na cama, logo depois da nossa primeira noite, que sofre do transtorno da bipolaridade.
Só quero ver, com mais detalhe, a cor dos seus olhos. Ela insiste em esmiuçar o diagnóstico.
-Aumenta, aumenta, é Strokes –ela diz.
Subo o volume da KCRWRadio que toca no ipad. –Cala a boca bem-te-vi –ela ri do pássaro colado na janela. (Impressionante como tem bem-te-vi em São Paulo.)
A música é “Machu Picchu”.
Ela fala dos tantos remédios que toma. Sente saudades da Ritalina, ri bonito. Ela conta muito sobre a vida, um casamento, a família interiorana, viagens, projetos, o significado de tantas tatuagens, diz que falo árabe dormindo.
Agora ela chora. Choro junto, havia um bocado de coisas represadas. As lágrimas das raparigas são coquetéis sem álcool, lembro da frase do gajo Miguel Esteves Cardoso, autor de “O amor é fodido”.
Cortinas abertas para o mundo. Ela vai embora qual uma Barbarella lindamente armada até os dentes. Ela vai embora e me deixa pensando em tudo.
Não me espanto em nada com o diagnóstico dela, embora eu tenha amigas, com este e outros humaníssimos transtornos, que me dizem: “Não conto esse tipo de coisa de cara, deixo bem mais para adiante. Tem homem que sai correndo”.
Como os diagnósticos são cada vez mais comuns e catalogáveis –todo mundo porta o seu debaixo do braço- quero dividir com vocês essa dúvida. Contar ou não contar, por exemplo, que é um(a) fóbico(a) medicado(a)?
Em que momento abrir o jogo? Você acha que atrapalha a possibilidade de romance?
Juro que tenho uma certa atração pelos diagnósticos. Dá vontade de cuidar, mesmo quando é algo bem leve. Uma vez que de perto ninguém é normal mesmo, por quê temê-las?.
Não pode é haver –e já vi um tanto disso- esse orgulho todo pelos diagnósticos mais pesados. Como se fossem álibis para quaisquer desgraças ou impossibilidades.
Enfim, vivemos uma era em que muita gente chega na vida do outro com um diagnóstico –em vez da loucura não medicada de todos e de sempre.
Há um momento certo para este tipo de papo? Quanto mais à queima roupa mais eu me comovo. Agora é com vocês: ajudem este velho cronista a entender os novos tempos." - Xico Sá


Sempre estive

Passo dias em frente essa maquina em busca de alguma companhia.
Sempre estive sozinho mais nos últimos messes a solidão me assusta com mais força, com mais intensidade com mais dor.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Habitat




Sempre soube viver no escuro.
O que me incomodava eram os poucos mosquitos que rodeavam e sugavam meu sangue.
Nas noites quentes de verão me deitava nu sem o menor pudor ou medo.
Nas noites de frio  sempre acompanhado da minha coberta já surrada, ficava lá pensando na garota que poderia esta ao meu lado mais nunca estava.
Um homem só si conheci realmente na solidão, em meio à multidão somos personagens. 
E é nisso que eu me transformei, um personagem da vida real.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Meu caderno

Foto tirada por mim ao escrever uma crônica sobre praças que talvez eu digitalize, corrija  e publique.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Kamila

Acordo no meio da noite.
Pessoas dormindo.
E uma mensagem de boa noite.
Estou ficando velho, maduro estou vendo as coisas com mais clareza.
Estou vendo você.
Você sempre esta ao meu lado nas minhas crises.
Você esta sempre disposta a me ouvir.
Você cheira como um lar.
Você nunca pedi nada em troca.
De você só tenho carinho, colo, amor.
Errei muito com você.

A morte - Marilena Chauí

"A morte cria uma sentido para nossa vida,
mais importante que isso, 
a morte cria um valor especial para o tempo.
Se nosso tempo nessa terra fosse indeterminado,
a própria vida perderia o sentido, e muito provavelmente
ainda estaríamos com a bunda de fora e lança nas mãos.
A morte é o agente mais poderoso da natureza, 
ela vem para levar o velho e abrir espaço para o novo, (é verdade), nosso esforço para evita-la e fazer nossa curta estada aqui algo minimamente memorável é o que nos motiva. Não é? Ou seja, só existe a vida por que existe a morte."

Conformismo

Ando meio cansado em meio a multidão.
Estou virando mais uma peça do grande gado, sem grandes sonhos, sem amores sem revolução.
Com o tempo agente querendo ou não si adapta a sonhos pequenos.
Um canto só seu, uma TV grande, móveis que combinem com a decoração.
Conformismo é algo que não quero para mim.
Conformismo não deveria ser uma das vias.
Estamos tão fudidos que lutar séria algo em vão.
Não temos armas.
Não temos meios.
Não temos heróis.
Ninguém fala por nós